Para cortar gastos, Ministério da Fazenda estuda mudanças em seguro-desemprego

A Gazeta Popular
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O Ministério da Fazenda está analisando uma série de medidas voltadas para a contenção de despesas públicas. Entre as propostas, destaca-se a regulamentação dos super salários no setor público e alterações no seguro-desemprego, segundo informações da Folha de S.Paulo e da TV Globo.

Essas medidas fazem parte de esforços mais amplos entregues a Lula da Silva, com o objetivo de estabilizar a dívida pública do país.

Fazenda pode limitar supersalários

Uma das propostas-chave em discussão é a regulamentação dos super salários no funcionalismo público. Essa iniciativa visa limitar os pagamentos que excedem o teto salarial estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), atualmente fixado em R$ 44 mil.

O projeto de lei relacionado a essa questão já tramita no Congresso desde 2016 e voltou a ganhar tração recentemente. Estimativas indicam que a aprovação dessa medida poderia gerar uma economia significativa, reduzindo em cerca de R$ 3,8 bilhões as despesas com a folha de salários.

Mudanças no seguro-desemprego

Outra frente em estudo é a modificação do formato atual do seguro-desemprego. As discussões sobre este ponto sugerem a possibilidade de ajustar o valor do benefício, considerando a multa do FGTS recebida pelo trabalhador demitido.

Além disso, há planos para implementar uma cobrança diferenciada de PIS/Cofins em setores com alta rotatividade de mão de obra, buscando assim uma redução nos gastos associados ao seguro-desemprego, que têm apresentado aumento expressivo nos últimos anos.

Pacotes finais de medidas está sendo desenvolvido

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (16) que a agenda de revisão de gastos será prioritária e está planejada até o fim do ano. Segundo ele, os anúncios só serão feitos quando houver consenso dentro do governo, para evitar confusão nas explicações dos exercícios técnicos que estão sendo realizados.

Haddad também comentou que as propostas que estão sendo desenhadas são consistentes e devem fortalecer o arcabouço fiscal, dando maior longevidade às regras. Ele sinalizou que a revisão dos gastos provavelmente incluirá mudanças constitucionais para garantir a sustentabilidade das contas públicas.

A necessidade de ajustar as contas públicas, não é apenas uma questão econômica, mas também política, dado o impacto social que algumas dessas medidas podem ter.

Lula já manifestou a importância de adaptar políticas às mudanças do mercado de trabalho, sugerindo uma disposição relativa a reformas estruturais. Contudo, o sucesso dessas propostas vai depender da articulação política e da capacidade de negociação no Congresso Nacional.