Está é uma imagem dos supostos “resultados oficiais”, em que sobressaem dois elementos que geram estranheza: há oito candidatos com a mesma percentagem de votos, 4,6%; e a soma das percentagens de votos dos 10 candidatos resulta em 132,2%.
Ainda no rescaldo das eleições presidenciais da Venezuela, denunciam-se “os números da fraude. Ao menos podiam somar em condições.
Daí a conclusão que está a ser partilhado viralmente: “De acordo com os resultados oficiais na Venezuela, a soma dos votos é de 132,2% e oito partidos têm a mesma percentagem de 4,6%. A fraude mais desleixada da história.”
Nesse mesmo dia, domingo, 28 de Julho, o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Elvis Amoroso, anunciou os primeiros resultados oficiais das eleições presidenciais, quando ainda só tinham sido apurados os votos de 80% das assembleias.
Nicolás Maduro destacava-se na liderança com 51,2% (5.150.092 votos no total), ao passo que o adversário González Urrutia não ia além de 44,2% (4.445.978 no total).Os outros candidatos, todos somados, obtiveram 4,6% (462.704 votos no total).
É por isso que na imagem em causa, transmitida pelo canal Telesur, surge oito candidatos com a mesma percentagem. Não corresponde à percentagem de votos registada por cada um, mas à soma conjunta de todos esses oito candidatos.
Em conclusão, não passa de um equívoco. Somando as percentagens de Maduro, Urrutia e do bloco dos restantes oito candidatos, o resultado é de 100%.
Segundo contagem paralela da oposição, alega ter havido fraude nas eleições. González venceu Maduro com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.
Manifestações eclodiram por todo o país, deixando dezenas de mortos e de feridos, segundo ONGs, e mais de 1.000 presos, segundo o Ministério Público venezuelano.
Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira (1º) de Agosto que reconhecem a vitória de Gonzalez na eleição. Os EUA foram seguidos por países sul-americanos na sexta-feira dia 2 de Agosto. Veja abaixo quais são os países que anunciaram o reconhecimento da vitória de Edmundo González:
Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Equador Costa Rica, Panamá, Peru.
Brasil, Colômbia e México emitiram uma nota conjunta na quinta-feira (1º) de Agosto pedindo a divulgação de todas as atas eleitorais na Venezuela e solução das desavença pelas “vias institucionais” para então se posicionarem.