Pouco tempo após anunciar interesse em disputar uma vaga no Senado Federal, Carlos Bolsonaro passou a ser alvo de um novo indiciamento no caso da chamada “Abin Paralela”. Coincidência? Para muitos, não passa de mais um capítulo do processo sistemático de perseguição política aos integrantes da família Bolsonaro — especialmente àqueles que representam uma ameaça eleitoral real ao establishment aliado do governo atual.
O caso da “Abin Paralela”, que nunca apresentou provas robustas contra Carlos, ressurge agora como uma tentativa de ofuscar outra pauta: a fragilidade da delação de Mauro Cid. A colaboração premiada do ex-ajudante de ordens do ex-presidente, tida como peça central para incriminar Jair Bolsonaro, vem sendo colocada em xeque devido aos vícios de origem, versões contraditórias e sinais evidentes de pressão institucional. O fiasco da delação compromete os planos de setores da Justiça e do Executivo de produzir um embasamento jurídico que sustente a tão desejada prisão de Jair Bolsonaro.
Ao trazer à tona novamente casos como o da Abin, os operadores do sistema buscam duas coisas: abafar o descrédito da delação de Cid e manter viva a narrativa de que o bolsonarismo seria uma organização criminosa. O objetivo final, por mais absurdo que pareça, está cada vez mais explícito: encarcerar o maior líder da direita brasileira, com ou sem provas, com ou sem base legal. A idéia de prender Bolsonaro já não é mais uma hipótese nos bastidores; é uma meta pública, perseguida de forma descarada.
Estamos, portanto, diante de um preocupante cenário de instrumentalização da Justiça, onde decisões deixam de seguir o devido processo legal e passam a obedecer a interesses políticos. O Brasil, que já enfrentou períodos sombrios de repressão ideológica, volta a flertar com o autoritarismo — agora travestido de legalidade.
Se a democracia ainda é um valor a ser defendido, é urgente que setores isentos da sociedade civil, da imprensa independente e da opinião pública questionem os verdadeiros objetivos por trás desses indiciamentos seletivos. A liberdade política no Brasil está em risco — e o caso de Carlos Bolsonaro é só mais um sintoma de um sistema doente que persegue, cala e tenta aniquilar seus opositores.