Farinha e abacaxi do interior do Rio de Janeiro rumo ao reconhecimento nacional

A Gazeta Popular
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A produção da farinha de mandioca e do abacaxi do Norte Fluminense deu mais um importante passo em busca do registro de Indicação Geográfica (IG) no Estado do Rio de Janeiro. A farinha, famosa por dispensar temperos na preparação da farofa, e o abacaxi, produzido em quatro municípios da região, destacam-se como símbolos da tradição e da excelência agrícola fluminense.

Produtos como o queijo da Canastra, que ganhou destaque nacional após obter o selo de IG, são exemplos de como esse reconhecimento pode transformar a realidade de pequenos produtores. A obtenção do registro de Indicação Geográfica tem um papel estratégico para o Rio de Janeiro. Além de estimular a economia local, valoriza a identidade cultural das comunidades e cria novas oportunidades de desenvolvimento sustentável.

A presidente da FAPERJ (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), Caroline Alves, ressaltou o impacto do investimento em ciência e inovação para o fortalecimento do interior do estado. “Ficamos felizes em ver que o fomento permite resultados palpáveis. Quando o interior é fortalecido, o estado do Rio avança como um todo”, declarou Caroline. Para 2025, a FAPERJ anunciou um investimento de mais de R$ 600 milhões em projetos científicos e tecnológicos, reforçando a importância do apoio à agricultura e à pesquisa.

O registro de indicação geográfica garante o reconhecimento oficial de que esses produtos possuem características exclusivas ligadas ao solo, clima e cultura local. “Isso traz benefícios diretos aos produtores, como maior valorização no mercado e aumento da rentabilidade”, explica a professora Janie Jasmim, coordenadora da IG do abacaxi. A iniciativa é um divisor de águas para a região, permitindo que os produtores certificados utilizem um selo de qualidade, atraindo mais consumidores e expandindo os mercados.