O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), oficializou ao governador Cláudio Castro (PL) esta semana um pedido para que a administração da Rodovia RJ-106, conhecida como Rodovia Amaral Peixoto, seja transferida para a Prefeitura.
A rodovia, que corta o município, é atualmente responsabilidade do Governo do Estado. Segundo Quaquá, o objetivo é solucionar problemas de abandono e falta de manutenção na via.
A proposta de municipalizar a rodovia é polêmica e levanta questionamentos sobre a viabilidade de um município assumir uma estrada estadual, especialmente diante dos custos de manutenção e segurança. Críticos alertam que, enquanto o estado possui estrutura e orçamento próprios para lidar com rodovias, uma prefeitura teria que realocar recursos que poderiam ser usados em outras áreas prioritárias.
Além da rodovia, Quaquá anunciou metas ambiciosas para a infraestrutura de Maricá. Ele determinou a atuação de 130 a 150 equipes para realizar operações tapa-buraco e asfaltamento em todas as ruas da cidade. “Em três anos, não quero nenhuma rua de Maricá sem asfalto”, declarou. A promessa, no entanto, tem gerado dúvidas entre moradores e especialistas, que apontam para os custos elevados e os prazos apertados do projeto.
O prefeito também revelou planos para a segurança pública, discutindo com o secretário de Segurança da capital, Victor dos Santos, a implementação de um projeto piloto na área. Apesar da falta de detalhes, Quaquá afirma que a iniciativa pode colocar Maricá entre as cidades mais seguras do Brasil. No entanto, o histórico de desafios em implementar programas de segurança no estado do Rio levanta dúvidas sobre a execução da proposta.
As movimentações do prefeito dividem opiniões: enquanto alguns apoiam sua postura ativa, outros consideram que as metas podem ser mais promessas eleitorais do que projetos concretos.
A transferência da RJ-106 ainda depende de aprovação do governo estadual, mas o debate sobre as prioridades e a capacidade administrativa do município está apenas começando.