O delegado Carlos Augusto Guimarães, titular da 146ª DP/Guarus, informou, na noite desta terça-feira (29), como foi autuado o estudante de medicina Carlos Eduardo Tavares de Aquino Cardoso, de 24 anos, que atropelou e matou a própria mãe Eliana Lima Tavares, de 59 anos, na noite desta segunda-feira, na Avenida Francisco Lamego, no bairro Jardim Carioca, em Guarus, em Campos. Carlos Eduardo foi atuado por feminicídio e permanece preso, visto que o crime é inafiançável. E na manhã desta quarta-feira (30), foi transferido para o presídio de Campos. Antes, passou por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
O estudante de medicina foi conduzido durante a tarde para a delegacia após receber alta médica no Hospital Ferreira Machado. O caso gerou grande repercussão e foi divulgado pelos principais veículos de comunicação do país. As circunstâncias do atropelamento continuam sendo consideradas suspeitas, ou seja, a Polícia ainda não concluiu se foi acidente ou intencional.
O delegado responsável pelo caso disse que “o histórico de Carlos Eduardo assusta”, especialmente pelo uso de drogas, exercício ilegal da medicina e estelionato.
Carlos Eduardo prestou depoimento na presença do seu advogado e confirmou o que havia declarado a policiais militares logo após o acidente, ou seja, negou ter ciência de que a vítima fatal era sua mãe.
O delegado Carlos Augusto informou ainda que restam diligências a serem efetuadas, como a juntada dos laudos periciais, a confirmação de informações prestadas pelo autor, bem como os depoimentos de familiares, especialmente o pai e a irmã do estudante de medicina. O delegado ressalta que “outras informações somente após o término das diligências para assegurar o sigilo e o êxito das investigações”.
Sob forte comoção, o sepultamento de Eliana Lima Tavares aconteceu na tarde desta terça-feira no cemitério do Caju, com a presença de muitos familiares e amigos.
RELEMBRE O CASO – O estudante de medicina Carlos Eduardo Tavares de Aquino Cardoso, de 24 anos, atropelou e matou a própria mãe Eliana Lima Tavares, de 59 anos, na noite desta segunda-feira (28/10), na Avenida Francisco Lamego, no bairro Jardim Carioca, em Guarus, em Campos. As circunstâncias do atropelamento são consideradas suspeitas. A investigação inicial é para saber “se o homicídio de trânsito poderá ser desqualificado para homologação doloso do Código Penal (quando há intenção de matar), em razão do histórico de violência contra a mãe”. E há uma versão apresentada pelo motorista de outro veículo atingido pelo carro do estudante que levanta grandes suspeitas de que o atropelamento possa ter sido intencional.
Eliana conduzia uma bicicleta elétrica. Já seu filho estava ao volante de um carro da marca Citroën, modelo C3, que também bateu em um veículo modelo Cerato, no qual cinco pessoas ficaram feridas. E uma revelação feita pelo motorista do Cerato a policiais militares dentro do Hospital Ferreira Machado pode ser vital para elucidação do caso.
Segundo o motorista, o estudante de direito invadiu a contramão e atingiu a mãe. Em seguida, bateu em seu carro.
O delegado Carlos Augusto acrescenta que: “Devemos também ouvir familiares, amigos e vizinhos para saber como era a relação dele com os pais”. Para elucidação do caso, a Polícia busca também imagens de câmeras de monitoramento do local do fato.
Inicialmente, Carlos Eduardo foi autuado por homicídio culposo, mas assim que receber alta médica será conduzido à 146ª DP/Guarus, a fim de passar por interrogatório. A Polícia também apura se o estudante de medicina estava “sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”.
VERSÃO DO FILHO – O estudante de medicina disse à polícia que se deparou com uma moto caída, não sabendo que se tratava de uma bicicleta elétrica, não tendo como evitar o acidente, assim como alegou que não sabia que a vítima era sua mãe.
Com base nas informações da Polícia Militar, o pai de Carlos Eduardo esteve no local do acidente e ficou em estado de choque ao ver sua esposa morta.
Fonte: Campos24h